Descoberta arqueológica em São João do Piauí revela pinturas rupestres e ferramentas pré-históricas

Um importante conjunto de sítios arqueológicos foi recentemente identificado no município de São João do Piauí, trazendo à tona vestígios que datam de milênios, incluindo pinturas rupestres que retratam figuras humanas, animais e formas geométricas. Além disso, foram encontrados instrumentos de pedra na superfície da área. A expedição, que durou um dia inteiro, envolveu caminhadas exaustivas, escaladas e superação de obstáculos, culminando em uma descoberta de grande relevância histórica e cultural.

O arqueólogo Ekles A. Mateus, responsável pela pesquisa e também secretário de turismo de São João do Piauí, detalhou as próximas etapas do projeto. Em entrevista, ele explicou que o primeiro passo será a elaboração de um relatório preliminar, que posteriormente será transformado em um artigo científico para publicação em periódicos especializados. Após essa fase, será solicitado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) a permissão federal para iniciar as escavações no local. Como parte do planejamento, também está prevista a construção de uma passarela para facilitar o acesso do público ao sítio arqueológico.

Em relação ao impacto da descoberta, Mateus destacou a importância histórica do achado: "Esse sítio arqueológico fornecerá dados fundamentais para reescrever a história de nossa região, promovendo o orgulho local e a conservação do nosso patrimônio."

O arqueólogo também compartilhou sua emoção ao explorar o local pela primeira vez. "Ser o primeiro pesquisador a adentrar uma área tão vasta e cheia de vestígios das primeiras ocupações humanas nas Américas, e ainda manusear ferramentas de pedra que permaneceram intocadas por milênios, é uma experiência indescritível, tanto no aspecto pessoal quanto profissional", afirmou.

Essa descoberta promete abrir novas possibilidades para o entendimento das primeiras civilizações que habitaram o território americano e reforça a importância da preservação do patrimônio histórico da região.

Imagens: Redes Sociais / Ekles A. Mateus / @matt.arqueologo